domingo, 26 de dezembro de 2010

Tremendo memórias

Sou medo, seio arfante, caixa de alarmes disparados, nervo do olho a trincar. Estou no ponto do abate da vida, no instante em que as paredes parecem cair em sua direção, o poço parece mais fundo, o doce cada vez mais longe, as vozes muito mais dispersas e a solidão ganhando forma à sua frente. Queria sobreviver a este sol rachando meu presente e abrindo os poros do passado. Suando memórias, me enterro na beira do que não quer sair. Futuro é palavra longe, vagarosa. Preciso acabar agora com essa gosma de pensamentos ardidos, essa moleza selvagem que percorre todo o corpo e promove o ócio seco, maledicente e desprezível. Agora é a hora de ver o universo disparar desafios e se preparar para eles. Nunca se sabe quando o cronômetro das competições vai marcar o ponto final...

5 comentários:

João Bosco Maia disse...

Vagando nessas tantas ruas virtuais, encontrei tua porta de amante das Letras aberta - e entrei. Devo anunciar-me como um desses que diz "Oi, de casa! Trago aqui em minhas mãos a chave para dias melhores: escrevo e vendo livros!". Assim, venho te convidar para visitar o meu blog e conhecer as sinopses de meus romances, a forma de adquiri-los e, posteriormente, discuti-los. Três deles estão disponíveis inclusive para serem baixados “de grátis”, em formato PDF.
Um grande abraço literário,

João Bosco Maia

Bangalô Cult disse...

Oi, Lara, que coincidência!!!!
Estava pensando ainda ontem, sobre esses escritos seus, meio prosa,meio poesia que vc escrevia muito mais há tempos atrás e que agora, decide dar uma retomada.
Que bom, porque acho que é quando sua escrita flui melhor, mais espontânea, sem se prender a certos esquematismos.
Invista mais nesse estilo próprio, vc ainda vai longe...
Bjs e ótimo réveillon

Suyene

Kiko disse...

Ser espontâneo ( Que se faz voluntariamente; natural ; Que se faz por si mesmo e sem causa aparente) termo que se liga diretamente a "fluir melhor", pois algo só flui quando estamos confortáveis com o que fazemos e se nos sentimos confortáveis começamos a explorar a zona de conforto procurando por algo novo, algo inesperado, eis que surge a espontaneidade.

Tanto nas prosas poéticas quanto nos contos eróticos você consegue ser espontânea seguindo os "esquematismos" pertinentes a cada categoria. A única coisa que diferencia uma da outra é a segurança no escrito, o que é conquistado naturalmente, quero dizer, espontaneamente, não é preciso forçar, ninguém nasce seguro, e no seu caso é preciso sentir se agrada ou não, quanto mais agradar, mais segura sua escrita vai ficando!

Particularmente, gosto das duas formas de escrita, a segurança passada no trabalho da palavra em seus textos curtos e a insegurança ousada dos contos de prosa poética.

Invista na sua verdade, no que te faz sentir melhor, no que te faz mais espontânea, no que te faz fluir melhor, no que te faz mais alguém, melhor, invista no que te faz mais vários "alguéns"!! rsrsrsrs

Kiko =D

P.s.: o que semanas de distância não faz com "alguéns" que se via todo fim de semana!! rsrsrsrs

ana paula bergamasco disse...

Oi Laura, tudo bem?
Sou escritora do livro Apátrida, que foi um dos finalistas do Prêmio Sesc de 2009, categoria romance. Publiquei o livro e gostaria de saber se tem interesse em lê-lo.
O blog é http://www.apatridaolivro.blogspot.com/
Se tiver, entre em contato comigo:
livroapatrida@hotmail.com
Cordial abraço, Ana

Fátima Lima disse...

O ponto final é a morte: a morte da alma, do corpo, do desejo... A palavra, Lara, nunca morre, a palavra é imortal... Um grande ano, meses, dias...

Fátima Lima