quarta-feira, 29 de julho de 2009

Coletiva "Anistiados"

No próximo dia 6 de agosto a Galeria Álvaro Santos recebe a Coletiva "Anistiados", com exposição de pirogravuras de Bosco Rollemberg. Todas as telas e painéis em pirogravura foram produzidos no período em que o artista esteve preso por conta da famigerada ditadura, que completa agora 30 anos.
As telas estarão acompanhadas de textos de alguns escritores de Sergipe, entre conhecidos e recém descobertos, que focaram suas ideias em uma determinada obra e a partir daí traduziram, cada um ao seu modo, o famoso grito de liberdade de uma agonia que fez parte da história do país. Também haverá uma videoinstalação, configurando um misto de diversos trabalhos artísticos em torno do tema "anistia".

Participantes da Coletiva com textos:

Carlos Cauê
Cleomar Brandi
Lara Aguiar
Maria Carolina Barcellos
Maruze Reis
Nina Sampaio
Raphael Borges (Mingau) - (videoinstalação)
Ronaldson Sousa
Vladimir Oliveira


Acesse o blog: http://www.anistiados.blogspot.com/

Texto publicado no JC

Foi publicado hoje, no Jornal da Cidade, texto do advogado Ezequiel Monteiro que me deixou bastante perplexa e ao mesmo tempo feliz. Confira:


Decifrar o mistério – O mistério da literatura sergipana é a obra contística de Lara Aguiar. Em 2008, foram publicados dois contos dessa revisora do JORNAL DA CIDADE, que despertaram grande interesse na comunidade literária de Aracaju, por sua concepção inteiramente nova da estrutura, da linguagem e do próprio sentido da curta ficção. Era a explosão do Novo na arte literária em Sergipe e esses dois primeiros contos da jovem escritora despertaram a expectativa de novas publicações que não aconteceram. Acho que estou sendo traído pela memória. Os fatos que estou rememorando nestas linhas ocorreram em 2007, portanto pelo menos há uns dois anos. Não há como lidar eficientemente com a velocidade do tempo. De fato, há dois anos que “Estranhamento” e “Oceano Só” saíram neste mesmo espaço e nunca mais se viu nada da revolucionante contista. À época, Lara já tinha escrito mais de 100 peças de curta ficção e neste final de julho de 2009 não posso estimar o volume de seu acervo, embora me arrisque a pensar que ela já disponha de material suficiente para a organização de dois livros de contos. Por outro lado, minha especulação pode estar fora da realidade, caso a escritora tenha se transferido para a novela ou o romance. Qualquer que seja o número de contos já produzidos por essa autora, creio na qualidade e no sentido inovador dos mesmos. A propensão natural de quem escreve é transmitir sua arte aos outros. A literatura é conhecimento e comunicação. Os humanos vivem para se realizar e a literatura, apesar de sua marginalidade e estigma, realiza à sua maneira.
Por sua preciosidade literária, decorrente da trescalante originalidade da proposta contística que assume, esse instigante material de Lara Aguiar não pode continuar na região do limbo. Precisa de uma edição imediata, porque se insere na questão do conto em Sergipe – com seu impulso inovador – e também porque a comunidade literária desta cidade acredita no potencial da juventude. O advogado Luiz Eduardo Oliva, presidente da Segrase, pretende envolver a editora do Estado na publicação de autores sergipanos. Nada melhor que esse programa seja inaugurado com o volume de estréia de Lara Aguiar. Não devemos continuar dando a impressão de que resistimos à juventude e não acreditamos nela. Precisamos dar mais oportunidades aos jovens.
Como se podem renovar a sociedade, os valores e a literatura, com a marginalização da juventude? Existe muita distância, em Aracaju, entre a elite intelectual e a mocidade. Talvez o egocentrismo da minha geração esteja produzindo descrença e pessimismo entre os jovens. Vamos decifrar o mistério Lara Aguiar.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Saiu em Cláudio Nunes

Foi publicada nota de uma leitora no blog do jornalista Cláudio Nunes, hospedado no site Infonet:


Pedintes universitários
E-mail recebido: “Me revolta, enquanto ex-universitária que junto com as colegas trabalhou, vendeu roupa usada em feiras e produziu eventos para conseguir ir a um Congresso ou juntar grana para a Formatura, ter que ver um bando de estudantes universitários com faixas nos semáforos da cidade pedindo nos vidros dos carros. Já começam querendo ganhar sem produzir... Gente, estamos produzindo mendigos elitizados? Recuso-me a ajudar universitários nestas condições. Às vezes chego a pagar por eventos que sei que não vou comparecer, compro coisas que não vou usar somente com o ntuito de ajudar aos estudantes, mas da forma que está acontecendo na cidade me dá uma imensa tristeza e vergonha de termos seres que nem começaram na vida profissional e já não querem trabalhar pra ganha”.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Skoob é mais um ambiente colaborativo na internet

* Artigo publicado na coluna Saber Ciência (UFS) no jornal Cinform, de 20 a 26 de julho de 2009. O texto foi produzido como exigência parcial para a disciplina "Linguagem do texto digital", ministrada em 2009, pela profª drª Lilian França, junto ao mestrado em Letras/UFS.

Por Lara Aguiar

Os ambientes colaborativos na internet estão alcançando o auge nos últimos anos. Uma prova disso é a crescente participação e acesso de internautas no Wikipédia, site onde todos podem contribuir com informações ou até mesmo retirá-las, se transformando em partícipe e co-autores do conteúdo exposto. Seguindo essa mesma vertente, surgiu no Brasil o site Skoob, uma das primeiras redes sociais focadas especificamente em livros.

No Skoob (www.skoob.com.br), o internauta pode montar a própria estante de livros, que ficará à mostra de amigos e seguidores. Como o site foi lançado no começo de 2009, muitos livros ainda não estão no banco de dados, mas podem ser cadastrados pelos próprios “skoobeiros”, com direito a sinopse, foto da capa e informações gerais sobre o livro.

Outro ponto interessante no site é que há um marcador que quantifica quantos livros já foram lidos, quais serão lidos, quais foram abandonados. Todos esses detalhes atiçam ainda mais a vaidade dos leitores em potencial. Há também o paginômetro, que calcula quantas páginas a pessoa já leu, a partir da soma de todos os livros colocados na estante virtual.

Inicialmente, o Skoob (books ao contrário, que significa “livros”) foi criado por um grupo de amigos que desejavam discutir sobre os livros que haviam lido, mas não ficou restrito a somente esse objetivo. Com a grande procura pelos internautas, os criadores acabaram liberando o site para o público em geral. Até jornais de grande circulação, como a Folha de São Paulo, já noticiou sobre a repercussão desse site no mundo cibernético.

Como a internet permite uma ampliação do campo comunicacional, ofertando como diferencial a possibilidade do usuário ser também o desenvolvedor de conteúdo, o Skoob é mais um site dentro dessa estrutura que hoje é mais um ambiente de comunicação de massa.

Algumas pesquisas realizadas nos Estados Unidos, publicadas pelo site New Scientist Tech, afirmam que os internautas contribuem em sites colaborativos com o intuito de chamar a atenção. Um exemplo disso é o famoso site YouTube, onde são exibidos vídeos de qualquer pessoa que queira cadastrar algum tipo de filmagem. Quanto mais existir visualizações a esse vídeo, mais o dono fica dependente dessa participação na internet.

Assim como os blogs, o Orkut, o Youtube, o Overmundo, o Wikipédia e o Skoob têm algo em comum: a interatividade. Todos prometem liberdade de expressão, de contribuição. Mas, nem sempre uma informação online é confiável, pois pode ser escrita por qualquer pessoa, mesmo anônima, sem as devidas checagens de veracidade da informação. As informações, no caso do Skoob, são resenhas dos livros, que podem ser corrigidas, criticadas e completadas por qualquer outro usuário.

Os meios de comunicação não são os únicos detentores da veiculação de informações. A organização agora é feita de forma multilateral, o que significa que os receptores não são somente passivos, já que são capazes de gerar informações. Isso é o que acontece com o Skoob, pois dá a oportunidade para que todos interajam, tenham amigos para compartilhar gostos literários, deem suas opiniões sobre qualquer livro, façam indicações, cadastrem livros, preencham a própria estante. Ou seja, em sites colaborativos como o Skoob, todos compartilham da inclusão de dados que é feita por cada usuário, além de estabelecerem um relacionamento com os colegas de rede e receberem um impacto a partir das próprias publicações.

Sobre escrever

"Às vezes tenho a impressão de que escrevo por simples curiosidade intensa. É que, ao escrever, eu me dou as mais inesperadas surpresas. É na hora de escrever que muitas vezes fico consciente de coisas, das quais, sendo insconsciente, eu antes não sabia que sabia."

(Clarice Lispector)

É o prazer da consciência de si o que move os sensíveis da escrita...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Cadelinha perdida é destaque na TV

Ando sem tempo de me dedicar ao blog como eu gostaria, mas não poderia deixar de falar do que assisti ontem, num telejornal local, 1ª edição. Com o título "Crianças acham cadelinha poodle no bairro Cirurgia", a matéria televisionada dava destaque ao fato de uma cachorrinha bem cuidada ter sido encontrada na rua. Na sequência das imagens do animal, passaram depoimentos de quem a encontrou, com detalhes e minúcias da emoção de encontrar um cão perdido. Dizia a mulher: "Acho que ele está com saudade da dona". Depois uma veterinária aparecia falando da cadela. Tudo isso em minutos intermináveis. E olhe que, na TV, cada minuto vale ouro.

Ora, que eu saiba, há muito tempo que sumiço de cachorro deixou de ser notícia, até porque, é bastante comum esses problemas nas grandes cidades. Será que foi falta de assunto da emissora? Eu confesso que achei muito estranho dar tanta audiência a essa pauta. Não tinha mais nada grave acontecendo em Sergipe? Não que eu não goste de animais, pelo contrário, mas simplesmente não entendi alguém ter escolhido exatamente este caso de cachorro perdido para dar ênfase sem nenhum motivo diferenciado.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Essa é pra sentir...

"Te amo ainda que isso te fulmine ou que um soco na minha cara me faça menos osso e mais verdade"
(Hilda Hilst)

Luta


Gente, continuemos lutando em defesa do diploma de jornalista!