quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fogo e destempero


O som que desce rolando as ladeiras de pedras é grosso como um bumbo. Sonhos que estouram feito bombinha de criança em festa junina. São os tracks da vida a papocar em cada calçada de realidade. Melhor seria rodar a saia no calor da fogueira e esquecer os restos queimados de cada desejo apagado. Cinzas de vontades que parecem ser sopradas na cara quando menos se espera. E aí vem a fuga, o destempero, a sina das repetições para baixo. A espera esquenta com o anúncio dos novos ventos para levar adiante as promessas do diferente.
Dançar a quadrilha da vida é preciso; queimar fogos de artifício não é preciso.