quarta-feira, 12 de maio de 2010

Fadiga dos sentidos

Esse som amargo
que retorna com a saliva
e faz arrepiar a ponta da língua
é o caminho do vazio.

Onde se vê claro,
é áspero,
folha rugosa,
espinho da mente.

A fadiga dos sentidos,
perigo desse instante,
não sabe desmazelar

Quebraram as algemas
dessa aleatoriedade dos sonhos,
e agora preenchamos o dia
com possibilidades reais de amor e lágrimas.

Um comentário:

Fátima Lima disse...

Lara, seu poema me faz sentir e pensar que talvez o "amor" e a "dor" só se fazem realmente presentes quando nos permitimos vivê-los e senti-los. Esse, talvez, seja um preço caro, mas real com todas as suas possibilidades de dores e amores.

Um abraço. E escreva mais... Sua escrita toca as entranhas...