sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Para onde olhar?

Já sabemos que as dores fazem parte da trilha. E podem ter certeza de que a dor da perda de alguém a quem devotamos o nosso amor, nunca cessa. Ela pode até adormecer por um tempo, ficar guardada onde nem imaginamos, se esconder por entre tristezas várias. Mas ela volta. Ah, pode apostar. Quando a vida parece mansa, aí basta um 'start' para as lembranças se abrirem em leques de degustação. Então...ou deixamos a lágrima escorrer, ou prendemos o momento e agredimos a essência que estava pronta pra ser explorada.

Pode ser até clichê essa conversa de cicatriz, mas se levada ao pé da letra, realmente faz muito sentido. Pois é, a ferida quando está nova, dói demais, melhor nem mexer. Já quando vira cicatriz, não dói mais como antigamente, porém, deixa marcada a pele dos sentimentos para sempre.

E se esse alguém era para você um espelho, um modelo de vida feliz, um mestre da arte do bem-viver, aí é que o piso racha e a vida perde o tom para onde olhar. Às vezes a vontade de ter compartilhado mais aprendizados é tão grande que a sensação de abandono reclama e cria constipações no coração.

Só queria ter aprendido o melhor: a ser tão leve e forte quanto ele...

À você, meu pai, eterno amor.

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