quarta-feira, 8 de junho de 2011

Não é para entender...


Dor que se carrega nas entranhas do tempo e faz com que desçamos os degraus do equilíbrio para chegarmos à violência animal. Extintos, vagueamos por entre castelos de agonia e perdição. Aquela areia não serve mais para a construção da coragem. A brita virou pó e agora nem brilha mais neste chão de sentimentos desgastados pelo vento da desimportância. Caminhemos nos trilhos, já que o trem da conquista descarrilhou de vez. A vitória, destituída de percalços, não tem gosto e nem cheiro: é incolor e pálida. Estranho seria pensar que o sorriso poderia garantir um caminho ameno, mas apenas levanta as revezes da vida. Bichos que somos, lançados ao fogo a todo instante, dançamos sem saber o tango do desespero. Gostem ou não, gozem ou não, somos diferentes, latentes e formigantes. Pulso palpitante na veia da realidade.

2 comentários:

Samantha disse...

Tá bom de vc começar a selecionar e publicar um livro né, moça? TÁ MARAVILHOSO!!! E continuo me identificando sempre... rs

Ítalo Marcos disse...

Em seu pulso palpita latente e formigante poesia correndo nas veias..

D+ você !!
;*