A sombra que me aflige tem a largura de um drama. O diâmetro colorido de exageros, a douradez dessa margem e o árido sabor da garganta estourada arrepiam os pêlos de dentro. Enquanto isso, os pés gelam, a boca roxeia, o sangue se esconde depois da esquina. E assim vou, água fervente, escorrendo por entre os dedos da ânsia. Sou flama, talvez cama. Ou também febre. Ardor que cresce a cada transpiração para virar sal, água e angústia. É o suor dos sonhos desgastados pedindo líquido e renovação. No fim, a vida sempre hidrata.
3 comentários:
Poxa Lara que bonito. Vc está se revelando uma grande poeta. Parabéns.
Sales Neto
Parabéns Lara. Vc está se revelando uma excelente poeta.
Bonitona, estava com saudades de sua inspiração.
Fique em alerta pq em breve, estreia "Só 10% é Mentira" sobre Manoel de Barros.
Bjs
Suyene
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