segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Filme "500 dias com ela"







O filme “500 dias com ela” passou tão rápido por Aracaju (uma semana) que nem deu tempo de eu ir assistir. Já tinha me interessado pela história assim que li a sinopse, mas não sabia o que me aguardava. Pois bem. Ontem, na Orla, estava lá à venda, o DVD pirata. Não pensei duas vezes e comprei. E confesso mais: não me arrependi. As imagens estão ótimas e o filme é muito fofo.
Bom, vou explicar por que ele é fofo. A história parece até batida, contando o caso de um rapaz que se apaixona por uma mocinha e não é correspondido. Pois então. A graça é justamente essa: ver a capacidade criativa de um diretor ao retratar o mesmo tema com tanta singeleza e diversidade. Marc Webb, mais conhecido como diretor de videoclipes, é estreante na direção de longa-metragens.
O filme tem alguns aspectos primorosos, como a não-linearidade, a inserção de musicais e de situações sonhadas pelas personagens principais. A todo instante aparece a voz de um narrador, o que dá um tom bastante hilário ao filme. A gente sente a dor do apaixonado, mas de forma leve, lúdica, e até engraçada. Na verdade, é fácil de se reconhecer naquela situação. Afinal de contas, quem nunca teve um amor que não vingou?
A escolha de Joseph Gordon-Levitt para o papel principal foi fundamental para dar um ar expressivo ao filme. O ator é bastante carismático e transmite a sensação da paixão em cada olhar. Já o alvo da paixão, a atriz Zooey Deschanel que interpretou a personagem Summer, é um mimo de tão bela e hipnotizante. Dá para suspirar ao ver as cenas de desejo e encantamento do deslumbrado personagem Tom. Mas, uma das delícias do filme é a trilha sonora, que chega recheada de clássicos do pop.
Não estou aqui afirmando que o filme é uma obra-prima. Não. Longe disso. Mas, no mínimo, vale a pena pelas boas risadas que a condução dos acontecimentos proporciona. É filme pra fazer a gente refletir sobre as possibilidades do amor, sobre a não-correspondência das relações, sobre a percepção de que tudo depende de como enxergamos a realidade.

Um comentário:

Fátima Lima disse...

Lara, primeiro um grande 2010. Em segundo, não tinha ainda visto sua escrita numa apreciação fílmica. Gostei muito. Leve e ritmada como as sequências cinematográficas. Deu vontade de ver o filme. Também não vi. Coisas "the flash" dos cinemas aracajuanos.