segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Febre da sombra

A sombra que me aflige tem a largura de um drama. O diâmetro colorido de exageros, a douradez dessa margem e o árido sabor da garganta estourada arrepiam os pêlos de dentro. Enquanto isso, os pés gelam, a boca roxeia, o sangue se esconde depois da esquina. E assim vou, água fervente, escorrendo por entre os dedos da ânsia. Sou flama, talvez cama. Ou também febre. Ardor que cresce a cada transpiração para virar sal, água e angústia. É o suor dos sonhos desgastados pedindo líquido e renovação. No fim, a vida sempre hidrata.

3 comentários:

JAZZ & CIA disse...

Poxa Lara que bonito. Vc está se revelando uma grande poeta. Parabéns.

Sales Neto

JAZZ & CIA disse...

Parabéns Lara. Vc está se revelando uma excelente poeta.

Bangalô Cult disse...

Bonitona, estava com saudades de sua inspiração.
Fique em alerta pq em breve, estreia "Só 10% é Mentira" sobre Manoel de Barros.
Bjs

Suyene