Secura de luz.
Garganta ressecada.
A pedra descendo na goela,
o mundo com gosto de bife de fígado
e o vento entrando torto
por entre as vielas do corpo.
Um braço habita a falta de coragem
e sai pela boca,
contorcendo mão e dedos,
num bailar de fogo pedindo pra ser abanado.
É um calor que arrepia as vontades,
cospe brasa no chão
e cede lugar ao aperto.
Sufoca,
grita,
agita,
aumenta a quentura da agonia.
A cintura afina,
o batom gruda,
o cabelo embaraça.
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