domingo, 23 de janeiro de 2011

Liberdade submersa


Cheiro leve, distante, confuso da libertação. Onde se esconde essa pequena-grande festa do espírito? Em que mentes livres deve atuar esse sistema que desaprega amarras, manifesta a plenitude do ser e ainda abre os braços para mostrar ao mundo seu potencial? Deve morar no mundo das não-explicações, onde só os mistérios podem pousar e agraciar com seu colorido envolto no véu da surpresa. Só lá é que a vida guarda seus segredos e faz teatro com os nossos corpos agitados numa rede de ligações sem solução. Precisamos ser resgatados do fundo de nós mesmos: vir à tona, transbordar e dar o tom das próprias limitações. Só assim a leveza fará parte da nossa existência, o céu se tornará mais claro e o chão será mais seguro. Andemos, pois!

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, gostei muito do texto.É assim que se faz. Essa liberdade submersa tem mesmo que vir à tona para que a existência se faça mais leve, mais palpável e mais segura. É preciso fazer a caminhada sabendo onde quer chegar.

Fátima Lima disse...

Me lembrou,não sei direito porque ou talvez não queria explicar/explicitar, o mito da caverna de Platão... Muito bom.... Gostei muito...