sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Réstias

Por que essa rosa em tom rubro se o cinza está por trás em perseguição lenta e pesada? Dramin não seca mais essa voragem das coisas de dentro. O mundo quer vulcanizar pelos poros antes que pontos de solidão se instalem em cada órgão da vida. Frentes desconhecidas a sombrear os pensamentos, como que dizendo: "o instante é a única realidade que temos". A vontade é de sonhar doce, de deitar na gentileza e brincar íntima com a glória. Esperamos, em vão, pela gota de coragem caindo da telha após a chuva de revezes. Só nos resta fazer carícias nos momentos, nas réstias de vigor e no pulsar desta agonia pra que ela se esvazie de si mesma.

3 comentários:

Bangalô Cult disse...

"Libertas Quae Sera Tamen"

Bjs

Fátima Lima disse...

Olá garota... Que bom que presenteou os leitores avessos a tantos carnavais com palavras e composições textuais que inflamam existências...
Abraços....

...MaQuiNeTa iLuSóRia... disse...

de mim parte a coragem que outrora não existia. sentir versos quentes e capazes de transcrever o mais puro e rico sentimento que me agoniza sem pestanejar, até que o grito ecoe pelos quatro cantos do universo e o faça parar... por si só vai e deixa para trás a paixão que não existia, o amor que sobrevivia e a fragilidade que escondo por ainda não ser o que penso que sou.

SaudadessS

Kiko